
Departamento de Geografia
Coordenação do Curso de Geografia
PÓS-MODERNISMO
E
EDUCAÇÃO
EQUIPE:
Camila
Silva de Araújo
Enio
Ferreira dos Santos
Jonas
Rafael Ferreira do Nascimento
Erika
Carla de Freitas Lima
COMPONENTE CURRICULAR:
Filosofia
da Educação
Guarabira-PB
2013.1
Pós-modernismo
O
pós-modernismo é um assunto muito difícil de tratar e de compreensão filosófica
e histórica, já que em seu contexto não há uma data necessariamente dita de seu
inicio ou de seu termino, já que o estamos vivenciando, porem há escritores,
pensadores, que se arrisquem em dizer quando e onde começou este período, uns
dizem ter sido no inicio da revolução francesa (1789-1799) outros em 1968 na
revolta comportamental francesa (século XX) e há também quem diga que foi no
final da segunda guerra mundial (1939-1945), mas o fato é que não há uma
exatidão ate hoje do inicio desse período, o que se pode falar ou o que se sabe
é que o pós-modernismo surgiu a partir da necessidade que havia de um
pensamento não unificado em que outros pontos de vista pudessem ser aceitos, o
qual não era o caso no período anterior em que os filósofos buscavam um
consenso, um meio universal de expressão o qual, segundo os pós-modernistas,
era a causa da não evolução das teorias pré-definidas e da sociedade no geral,
segundo os pós-modernistas é a partir das diferenças sociais e culturais que a
sociedade evolui e progride nas suas teorias e pensamentos.
O
pós-modernismo teria sustentação em intelectuais europeus como, Jean
Baudrillard, Jean-FançoisLyotard, michel Foucault, Jacquers Derrida, Jacquers
Lacan. Estes pregavam oposição a metanarrativa que seria uma voz única, uma
visão única do mundo sendo esta visão universal eurocêntrica onde tinha a
cultura e o saber europeu como sendo, o modelo para o resto do mundo, esta
visão universal é a maior diferença dentro do pós-modernismo, já que este não
aceita uma visão onde não há contraditoriedade. Os pós-modernistas tem uma
filosofia voltada para as mais diversas opiniões sendo assim que não se pode
dizer que há uma verdade ou uma mentira e sim que há uma maneira diferente de
ver a mesma coisa, Jean-François afirma em uma de suas obras que o contrario de
uma verdade profunda não é necessariamente uma mentira, e sim outra verdade
profunda. Os autores pós-modernos tem em sua concepção de mundo, o mundo com
diferenças onde não se pode, nem se deve impor um regime de verdade, onde a
verdade é uma coisa tão maleável e tão diversificada dentro de si mesmo e de
diferentes culturas, desta forma criticando um pensamento que coloca o homem no
centro de tudo sendo ele o dominador de todas as coisas, como colocavam alguns
filósofos que diziam ser o homem a razão de todas as coisas, os pós-modernistas
também criticam a visão futurista dos marxistas que pregavam que o homem devia
planejar o futuro visando sua felicidade e deixando o presente de lado, sendo
este pensamento controverso ao pensamento pós-moderno que se preocupa com o
presente visando a resolução dos problemas cotidianos, que para eles esta ou
estava em uma crise da universalização onde, como foi dito, acreditava-se que
para que houvesse um progresso social deveria haver um único pensamento. Um bom
exemplo deste pensamento dentre os filósofos mais antigos esta a ideia de
cidade justa de Platão, que foi aprimorada do pensamento de Sócrates, onde
Platão elabora um planejamento evolutivo e social para a mesma, pondo como sua
formula a relatividade social sendo esta dividida em três estamentos, o
conselho onde haveria os intelectuais e de onde sairia o rei filosofo, os
soldados, e os trabalhadores onde teriam um ensinamento em comum e seriam
educados para pensar de forma igual, para que não houvesse conflitos. Visão
esta que não é aceita pelos pós-modernistas para ele não é a igualdade e sim as
diferenças que faz com que haja o desenvolvimento.
Podemos
assim dizer que as principais ideias pós-modernistas são, a visão de que não há
uma única concepção e sendo assim a democracia deve estar sempre em evidencia
na sociedade, a ideia de que a diferença faz com que a sociedade progrida e
enfatiza, como já foi dito, a democracia tendo em vista as igualdades sociais
entre as diferenças culturais e étnicas, ainda marca a crise utópica fazendo
com que a realidade seja a principal fonte de saber e conhecimento.
O
papel do professor para a educação segundo 4 filósofos do pós – modernismo
Começamos
primeiro com Gramsci, a teoria de Gramsci dizia que os professores devem usar a
questão da diferença de uma maneira eticamente desafiadora e politicamente
formadora para proporcionar o entendimento de como as identidades pessoais são
duais, incluindo a auto- reflexão de raça, gênero e classe, por exemplo as
diferenças sociais que podem ser incorporadas a pedagogia crítica. O segundo
filósofo Giroux defende uma pedagogia crítica que visa os educadores como
trabalhadores culturais que “são intelectuais formadores” ocupando papéis
políticos e sociais especiais, para Giroux a pedagogia crítica não limita a
linguagem dos professores, ajuda a esclarecer o papel deles como pensadores e
trabalhadores culturais que produzem ideologias e práticas sociais mais
apropriadas, assim ser um ser intelectual transformador envolve ajudar o
estudante a desenvolver uma consciência crítica que conecte a escolaridade com
as esferas públicas de cultura, história e política. Em terceiro com uma
perspectiva diferente Cherryholmes vê a interação em sala de aula entre
estudantes e professores como uma consideração crucial no processo de ensino,
os professores estimulam os estudantes para que analisem os argumentos
recebidos, tendo em vista ajuda-los a fazer seus próprios argumentos e
julgamentos. Cherryholmes indica a necessidade de bons argumentos e julgamentos
baseados na noção deweyana de ajudar os estudantes a terem uma preocupação
responsável com os problemas cotidianos da comunidade. A preocupação com a
interação entre professor e estudante também é importante para Bowers, o último
dos quatro filósofos a ser citado, que realça o papel de socialização primária
que a escola desempenha hoje. Historicamente, a socialização primária dos
jovens era conduzida principalmente em cenários familiares, religiosos ou
ocupacionais, atualmente, as escolas carregam ônus ainda maior de socialização
primária, e Bowers vê isso como uma oportunidade única para os professores
ajudarem os estudantes a questionarem os pressupostos prevalecentes, explorar
entendimentos complexos e moldar percepções. O ensino e a linguagem apresentam
dimensões políticas importantes ao educar para o que Bowers denomina
“competência comunicativa”. As funções essenciais do ensino incluem ajudar os
estudantes a tornarem-se comunicadores competentes, mantenedores de tradições
significativas e questionadores do conhecimento recebido.
Crítica
ao pós- modernismo na educação
A
visão pós- moderna tem algumas forças óbvias, uma é a atenção dada à educação
ética e moral, a ênfase no discurso social adiciona uma dimensão moral
poderosa, conduzindo os estudantes do centro para as margens, não para
doutrinar em uma cultura única mais para desenvolver identidades sociais e
pessoais baseadas em entendimentos mais profundos de diferenças culturais, a
percepção pós-moderna aplica-se não apenas a cultura, mas também ao meio
ambiente, abordagens pós- modernas para a educação prometem encorajar um senso
de responsabilidade pessoal, social e ecológica que está ausente em muitas
outras perspectivas educacionais.
A
atenção dada à natureza política da educação é mais uma força, mas as conexões
entre educação e política foram reconhecidas há muito tempo, a ênfase pós-
moderna na política de diferenças (raças, classe e gênero) está ligada a uma visão
do currículo como um tipo de política cultural. A atenção pós- moderna a
linguagem, ao discurso e a narrativa que moldam as mentes das pessoas exige uma
atenção maior ao modo como o currículo e o processo de ensino e aprendizagem
podem servir para libertar ou oprimir, finalmente, noções sobre o papel crucial
do professor como um intelectual transformador cujo papel é ajudar os
estudantes a assumirem responsabilidade pessoal e social por seus futuros, são
um elemento importante na visão pós- moderna da educação.
Os
pós- modernistas enfatizam a crise na cultura e promovem a identificação do
estudante com aqueles que são diferentes e marginalizados, mas sua linguagem de
possibilidade é acadêmica e, como os críticos frequentemente apontam difícil de
decifrar. Para que a filosofia da educação pós- moderna tenha um impacto no
mundo “real” da educação, deve-se presta atenção, como alega Bernstein, a uma
linguagem pública que comunique e persuada. O mundo “real” da educação é, de
fato, um mundo político no qual o poder de persuasão é uma forma de capacitação
para aqueles que defendem novas direções, outra característica preocupante é o
desejo dos teóricos críticos popularizarem o processo escolar.
A
sensibilidade às diferenças e à opressão humana está entre as mais fortes
qualidades morais do pós- modernismo, o desejo do pós- modernista de
capacitação e libertação da opressão parece ter um tom “universal”, assim como
sua ênfase no “mundo do discursivo”. Finalmente, apesar da aversão do pós-
modernismo a narrativas definidoras e verdades universais, seu fascínio com o
discurso e a desconstrução demonstra uma afinidade por uma tradição da
filosofia idealista que prega que nós, humanos, estamos distanciados da verdade
fundamental e limitações a nossos textos, palavras, linguagens e
representações, ou seja, a nossas ideias, resumindo o pós- modernismo pode
trair a tendência ao idealismo negativo.
Concepção do conhecimento
Ao obter conhecimento, presume se que aja uma relação entre o sujeito e o objeto, ou seja, a compreensão de mundo está ligada a uma relação de um sujeito que observa a realidade e que interage com ela, esta ralação seria, portanto dialética, pois o sujeito agiu como construtor, e o objeto se apresenta como a realidade que ele traz.
Desta forma, o desenvolvimento do conhecimento não acontece de forma isolada e individual, mas é fruto das relações humanas que se concretizam num contexto sócio cultural e que se modifica ao longo do tempo, pois o conhecimento é algo dinâmico, que reconhece a herança cultural da humanidade em suas diversas formas.
O texto fala de alguns termos como pedagogia crítica, que tem como objetivo comum proporcionar igualdade entre os indivíduos; a também a teoria estruturalista, que procura mostrar princípios racionais pra a formação das bases dos sistemas sociais e escolares; fala também do pragmatismo crítico, que da ênfase a percepção crise pós-moderna e faz investigação de Padrões de valor e opinião, dentre outros.
Considerações
Finais
O
objetivo deste trabalho foi realizar em um breve estudo, uma apresentação da
filosofia do pós-modernismo e educação, seu surgimento e pensamento em relação
ao conhecimento e a educação.
O
primeiro passo foi identificar, onde se deu o início, quais eram suas teorias,
e quais intelectuais formam ou defendem essas teorias, buscando identificar em
que cada um desses pensadores contribuiu para a variedade pós-moderna. Segundo
expor os pensamentos destes filósofos sobre o papel do professor na educação,
como “intelectuais transformadores” segundo Giroux, ocupando papéis políticos e
sociais, produzindo ideologias e práticas.
O
terceiro passo foi à crítica ao pensamento pós-moderno na educação, o uso da educação para fins políticos e a atenção pós-moderna a
linguagem, finalizando com a concepção do conhecimento pós- moderno.
Concluindo a filosofia pós-moderna apesar de possuir uma
variedade de pensamentos e definições, tem as diferenças, a sensibilidade e a
crítica, à oposição, como algumas de suas mais fortes convicções, que são
inseridas no campo da educação através da pedagogia crítica e seus processos pedagógicos. Até hoje não se sabe
se a teoria pós- moderna é a certa, pois ela mesma
afirma que não há a forma universal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
____OZMOND,
Howard A. Fundamentos filosóficos da educação. 6º Edição. – Porto
Alegre-2004, editora Artmed.
____ SILVA, Josué
Cândido, Filosofia da
linguagem (7): Habermas, Apel e a ética na linguagem disponível
em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-da-linguagem-7-habermas-apel-e-a-etica-na-linguagem.htm> acesso em 07 setembro 2013, 11:12
____ SALATIEL, José
Renato, Wittgenstein: A questão da linguagem no
pós-moderno disponível em:<http://educacao.uol.com.br/
disciplinas/filosofia/filosofia-pos-moderna---heidegger-e-wittgenstein-a-questao-da-linguagem-no-pos-moderno.htm> acesso em 07 setembro 2013, 11:36
____SALATIEL, José Renato, Filosofia pós-moderna - Nietzsche: A
relativização dos valoresdisponível em:<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-pos-moderna---nietzsche-a-relativizacao-dos-valores.htm> acesso em 07 setembro 2013, 11:58
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO
DE HUMANIDADES
COORDENAÇÃO
DO CURSO DE GEOGRAFIA
Avaliação (resposta)
Trabalho realizado pelo aluno Romário Farias Pedrosa dos Santos, que será utilizado para fins de avaliação no componente
curricular Filosofia da Educação. Ministrado
pelo professor Genivaldo Monteiro,
no curso de Geografia turno Tarde, período 2013.1.
Guarabira
– PB
2013
O conhecimento
pode ser entendido como a identificação da realidade, a capacidade de
compreendê-la, de percebela. Para o processo
de conhecimento existem algumas teorias da verdade que podem ser abordadas,
elas seriam a da Correspondência, da Evidencia e da Coerência, que vão dar
suporte ao que realmente seria a verdade.
Mais o
conhecimento nunca é completo, por falta de provas ou resquícios que possam
afirmar tais causas que levaram a supostas descobertas tidas como verdade. Para
Sócrates “o conhecimento visa à verdade, que é uma só, eterna, imutável, igual
para todos”.
Para a formação
humana o conhecimento que é passado nos primeiros estágios da vida são essenciais
possibilitando a criação de uma identidade um ser pensante que será instruído
para se adequar aos padrões da sociedade. Vejamos o que diz Severino;
“A
educação não é apenas um processo institucional e instrucional, seu lado
visível, mas fundamentalmente um investimento formativo do humano, seja na
particularidade da relação pedagógica pessoal, seja no âmbito da relação social
coletiva”. SEVERINO Antônio J. A busca do sentido da formação humana 2006.
A educação será base da formação
ética, moral e profissional do ser humano
através do processo de ensino que será transmitido pelos seus parentes e
professores, ele aprendera a se comportar nesta sociedade. Este processo de
formação não será simplesmente dado por outros seres humanos o próprio ser através
de experiências aprendera também com seus próprios atos e descobertas.
De acordo com descartes esse
processo de conhecimento só pode ser dado através de um método, pois com ele
iria ocorrer uma organização mental para entender o conhecimento de forma mais segura.
A razão seria indiferente todo ser humano a possuiria fazenda assim o
direcionamento de seus pensamentos e distinguir o melhor caminho a ser tomado.
Para as decisões a serem tomadas sobre determinadas situações o ser deve
entender as varias situações que são encontradas sejam elas religiosas ou esquisitas.
René descartes
criou um método “o cartesiano” que partia do objetivo de duvidar de tudo e tinha
quatro regras principais: só aceitar como verdadeiro o que está claro e não
traz dúvidas; dividir cada problema em quantas partes forem necessárias;
analisar cada parte com clareza e plenamente, acrescentando-a ao conhecimento
do todo; não deixar de levar em conta nada que possa ser fonte de erro. Aplicando
alguns métodos podemos reduzir ou exemplificar as maneiras de pesquisar as
coisas e transformaríamos em
ideias tudo que encontramos.
Do meu ponto de
vista analisando a educação dos dias atuais teríamos grandes falhas, pois o
governo oferece uma baixa qualidade de ensino, pois a mesmo esta interessado em
formar pessoas alienadas que não possam lutar pelos seus direito, que não tenham
capacidade de lutar pelo que de fato é certo.
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