Mudanças no espaço em
consequência da tecnologia
A
parte de reflexões a respeito do espaço, geógrafos, dentre eles Santos,
chegaram a uma conclusão do que deveria ser o espaço e como ele se forma
através da sociedade em movimento, sendo assim o espaço a relação que surge a
partir da interação entre varias coisas e objetos, sendo desta forma podemos
falar do espaço como uma importante fonte de conhecimento em que os geógrafos
podem concentrar uma grande parte de seus estudos visando desvendar seus
mistérios. Desta forma o espaço seria a relação da realidade e das coisas que
nela existem, onde estas estão intimamente ligadas, conectadas umas as outras
como disse Santos.
O
espaço não é nem uma coisa nem um sistema de coisas, senão uma realidade
relacional: coisas e relações juntas. Eis por que sua definição não pode ser
encontrada senão em relação a outra realidade: a natureza e a sociedade,
mediatizadas pelo trabalho. (Santos, 2008, pp. 27-28)
Para
que possa se formar o espaço, como já foi dito, é preciso que haja relações,
dentre elas homem-natureza, mas não do modo que se é pensado por muitos na
relação bruta, superficial destes dois elementos que interagem entre si,
relação esta que Santos denomina de técnicas, não uma relação de destruição,
onde o homem destrói a natureza para forma o espaço, mas sim a relação em que
um é dependente do outro, ou ainda o espaço pode ser definido como a existência
da sociedade dentro desta natureza, esta renovada pelo trabalho, técnicas, do
homem.
O
espaço pode ter ainda uma definição absoluta, esta pela qual é utilizada pelos
cartógrafos, pelo qual estes na utilização de quadros e demais instrumentos
generalizam o espaço com seus constituintes, o território, o lugar, a região,
etc. desta forma vemos as atividades técnicas humanas presentes nas mais
variáveis concepções de espaço, e percebemos que estes espaços só poderão ser
originados a partir de um longo período de tempo, tempo este em que as técnicas
humanas evoluíram e junto a elas evoluiu também o espaço, de um espaço técnico
rudimentar para um espaço técnico cientifico tecnológico. Como fala também
Gomes em um de seus livros onde ele demonstra quanto foi modificado o espaço
pela tecnologia.
“O movimento da modernidade agitou
completamente as bases da organização da sociedade. Ele se desenvolveu sob
diferentes formas, em diferentes domínios e com cronologia variáveis. No
entanto, apesar desta variedade, este movimento apresenta laços de identidade e
características comuns facilmente observáveis” (Gomes, 2011, p.52).
Ou seja, a
modernidade moldou a bases da sociedade, dando particularidades que diferenciam
esta de outras, e que influencia também de formas diferente no espaço, mas
tendo finalidades iguais, adequar o espaço em beneficio próprio, com uma visão
muitas vezes gananciosa sem pensar em consequências. Morais vêm trata dentro de
seu livro as mudanças que a geografia tem passa por todo este período, desde
sua consolidação como ciência ate os dias atuais e com isso também retrata as
mudanças no espaço, este que é um fundamento, alicerce para a geografia.
Este aborda o obejeto
da geografia, tentando explicar o que seria a geografia, para isso o autor
dividiu a geografia em duas partes principais, a geografia ultrapassada e a
geografia atual. O principal foco do livro é explicar a atual, para isso
buscou-se varias explicações do que é a geografia, uns autores falam que a
definição como o estudo da superfície terrestre, outros autores vão definir
como o estudo da paisagem, como por exemplo, Milton santos tem a sua base de
estudo no tempo e no espaço geográfico, a paisagem pode ser natural ou
artificial, ela se torna artificial quando há uma intervenção do homem no
espaço natural.
Apesar de defender a
geografia atual, a geografia tradicional ainda esta muito presente no contexto
da geografia, quando o autor fala do positivismo como fundamento da
tradicional, uma vez que é nela que muitos estudiosos vão buscar as orientações
gerais, porem essa divisão se limita a o real, ao empirismo pautado somente na
observação e assim a caba por “empobrecer” a geografia.
A geografia também
interagiu com a troca do feudalismo para o capitalismo, segundo o livro “o
capitalismo penetra no quadro agrário alemão sem alterar a estrutura
fundiária”, ou seja, o capitalismo não modificou muito o tempo espaço uma vez
que a divisão de feudos e o trabalho servil. Foi à Alemanha que alimentou a
sistematização da geografia, pois foi a parti dela que surgiu temas como
domínio e organização do espaço, apropriação de territórios. Segundo o livro A pequena história critica
foi na Alemanha que surgiram as primeiras colocações, no sentido de uma
geografia sistematizada, são de dois autores são eles Alexandre Von Humbolt,
falava que o geógrafo “deveria contemplar a paisagem de uma forma quase que
estética” e Karl Ritter, esta falava que a geografia era uma área delimitada
dotada de uma individualidade, ele também faz relação do homem com a natureza,
ambos autores são tradicionais.
Hoje a geografia vê um
rompimento de grande parte dos geógrafos com a perspectiva tradicional, devido
a isso a geografia vivi uma crise. Esse rompimento ocorreu devido a mudança no
espaço econômico, como a entrada do capitalismo que modificou o espaço urbano o
transformando em megalópoles, a região agrária também teve modificações devido
a entrada de novas tecnologias, com isso o espaço terrestre se globalizou,
passou-se a ter como imagem torres de comunicações, houve também uma quebra no
fundamento filosófico, o qual servia de base para a geografia tradicional,
segundo o livro essa talvez seria baluarte do positivismo. Por estes motivos a
geografia tradicional foi “quebrada”, além do exposto essa divisão deixava
algumas lacunas lógicas nas explicações.
Alunos: Jonas Rafael
Ferreira do Nascimento
Enio
Ferreira dos Santos
Jordana Louise
do Nascimento
Referencias
____GOMES, Paulo Cesar da Costa. Geografia
e Modernidade. 9ed. Rio de Janeiro: 2011, editora Bertrand
Brasil Ltda.
____SANTOS, Milton. Metamorfose
do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. 6ed.
São Paulo; 2008, editora da universidade de São Paulo (USP).
____ MORAES, Antônio
Carlos Robert. Apequena história critica São Paulo: Hucitec, 1991.
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